
Osaka, 14 de abril – No teto, objetos infláveis em forma de plantas começam a se movimentar. No piso, ilhas com cadeiras de praia e papéis espalhados com mensagens de diversos autores, além de bonecos em formas de ser humano e animais que se levantam e caem. Na parede, sacolas recicláveis cheias de ar também fazem o movimento para cima e para baixo.
Essa apresentação está no primeiro prédio do Pavilhão Brasil, na Expo 2025 Osaka, organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). A curadora Bia Lessa criou cinco atos que representam `Existir`, `Diferir`, Confluir`, `Extinguir` e `Reesxistir`.
Ao entrar, o visitante se depara também com um painel ao fundo com a imagem do sol. No início da apresentação, isso representa que todos vivem com a força da energia solar. Depois, a imagem do sol vai mudando para uma cor vermelha até escurecer. Isso significa que o mundo, com o desafio do aquecimento global, corre risco de acabar com a natureza. Nesse momento, todos os objetos do piso caem.
A mensagem é clara: vamos cuidar do mundo juntos. “Bia Lessa trabalhou para mostrar ao mundo um caminho, um jeito de ser melhor. Ela é especial porque lida com arte, com a alma brasileira”, enfatizou o Presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, na abertura para convidados, no dia 14 de abril.
A curadora Bia Lessa lembrou que está dando continuidade ao trabalho do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Foi ele quem assinou a obra do Pavilhão Brasil na Expo de 1970, em Osaka. Conforme citou Bia, Paulo Mendes costumava dizer: “sabemos que vamos morrer, mas sabemos que não nascemos para morrer. Nascemos para continuar”. Ela completou: “Estamos aqui, Paulo, para continuar”.
O diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto, enfatizou que “estamos celebrando algo único, que é uma criação humana que só os homens têm essa capacidade que é a arte”. O Embaixador Laudemar Aguiar, do Ministério das Relações Exteriores, destacou que “o Brasil mostra a diversidade que é a nossa força”.
A cerimônia teve execução do Hino Nacional e interpretação das músicas “Semente do Amanhã” (Gonzaguinha) e “O Trenzinho do Caipira” (Heitor Villa-Lobos) pela cantora Mio Matsuda e músicos Marcelo Kimura e Sasago Shigueharu.
Sala Parangoromos
No segundo prédio tem a Sala Parangoromos, onde serão distribuídos `parangoromos`, uma fusão da vestimenta `parangolé`, criada pelo artista Helio Oiticica, com `hagoromos`, vestimenta tradicional japonesa associada à leveza e espiritualidade. Há ainda tinta branca que os visitantes podem se pintar no rosto ou nas mãos.
Sala Multiuso
Ao lado da Sala Parangoromos, há a Sala Multiuso, onde foi feita apresentação por Ana Repezza, diretora de Negócios da ApexBrasil. Ela explicou que “a ApexBrasil, assumiu esse desafio de fazer parte da Exposição Universal por ser um evento importante de promoção de imagem do Brasil e muitas vezes tem reflexo na geração de negócios. Cada ano nos superamos”.
Na oportunidade, o Presidente do Sebrae, Décio Lima, citou poema do compositor e cantor Vinícius de Moraes: “a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontro pela vida”. Para ele, “precisamos aproveitar a participação na Expo 2025 para produzir reflexão e entender não ser possível continuar a destruir a natureza no mundo”, seguindo, conforme ele, o olhar do indígena Ailton Krenak.
Ao final, a ApexBrasil entregou medalhas e selos para os seguintes deputados federais: Lídice da Mata, Ana Paula Lima, Jack Rocha, Gervásio Maia. O Presidente do Sebrae, Décio Lima, também recebeu a homenagem. Tanto a medalha como o selo têm como símbolo duas pessoas abraçados em volta de um pirarucu, representando o balanço entre o ser humano e a natureza. O selo dos Correios tem escrito Expo Osaka Pavilhão do Brasil.
O Presidente do Instituto Tomie Ohtake, Ricardo Ohtake; atriz Betty Gofman entre outros convidados também participaram da cerimônia.
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