Imagine o seguinte cenário: área propensa a terremotos e maremotos, regiões com vulcões em atividade ou em hibernação, passagem frequente de tufões, tempestades e nevascas, num perímetro do tamanho do estado de São Paulo. Estamos falando do Japão, terceira economia do mundo que emite todos os dias alertas de emergência em alguma de suas regiões.
Como viver em um país com altos índices de acidentes naturais? Para isso, não o o poder público, mas a iniciativa provada e as Organizações da sociedade japonesa vêm aos longo dos últimos 50 anos criando um sistema de alertas que possa alcançar grande parte da população quase que instantaneamente.
A revolução tecnológica tem sua parcela de responsabilidade nestes avanços e está diretamente relacionada a salvar vidas.
Mas vale frisar que não se deve pensar em “se acontecer”, mas em “quando vai acontecer”, ou seja, o reconhecimento da situação atual, do reconhecimento da realidade em que vivemos, ou seja de nada adianta receber alertas se não há ação, devemos nos preparar para o pior. Para isso é necessário:
Criar planos de emergência – O que fazer quando isto ou aquilo acontecer, ter preparo, criar rotas de fuga, ter uma série de materiais de prevenção de crise, os famosos Kit’s terremotos.
Fazer treinamento ou seja, verificar o que foi planejado, seguir passo a passo esses plano de emergência. Verifique os “Hazard Maps” de sua região, procure onde ficam os centros de refugio para terremotos e tufões. Ou seja, se prepare.
É a Agência de Gerenciamento de Incêndios e Desastres japonesa, subordinada ao Ministério de Assuntos Internos e Comunicação. Veja mais em https://www.fdma.go.jp/en/post1.html#.[ngg src=”galleries” display=”basic_imagebrowser”]
O J-Alert é um sistema de alerta baseado em satélite que permite às autoridades japonesas transmitir alertas rapidamente para a mídia local e para os cidadãos diretamente através de um sistema de alto-falantes em todo o país, televisão, rádio, email e transmissões por celular. Criado em 2007 é considerado a grande peça para o funcionamento do sistema de aviso de emergência do Japão. Segundo o governo japonês, o tempo de aviso é de um segundo entre as autoridades japonesas, e de 4 a 20 segundos para essa informação chegar aos cidadãos, com perspectiva de que se tempo seja reduzido para 2 segundos.
Todos os avisos são emitidos em 5 idiomas, Japonês, inglês, mandarim, coreano e português. Exceto os de mau tempo, os avisos meteorológicos severos são transmitidos apenas em japonês.
A Agência Japonesa de Meteorologia é a responsável pela geração de quase todos os alertas. Ligada diretamente a várias regiões do Japão ás suas maquininhas de medição, a JMA recebe dados instantaneamente desses equipamentos, além de fazer o monitoramento do país por satélite. Todas as principais prefeituras do Japão possuem em sua secretaria de Emergência, um computador ligado a JMA e ao J-Alert com um sistema de alerta com uma pequena torre com tries lâmpadas Verde, amarelo e vermelho, que dispara todas as vezes que a região pode ser afetada por algum acidente natural. Essas prefeituras pos sua vez disponibilizam aparelhos de transmissão de informação em voz para as subprefeituras e empresas ou organismos que fazem parte da “life Line” local como as refinarias, hospitais, aeroportos, etc. Das subprefeituras, principalmente nas cidades do interior, um sistema de alto-falantes avisa a população local sobre o alerta. Veja mais em https://en.wikipedia.org/wiki/J-Alert
A TV estatal japonesa entra instantaneamente em estado de alerta quando recebe um aviso de alerta. Se estão transmitindo um programa ao vivo, o apresentador instantaneamente muda o tom de voz e passa a fazer um briefing de segurança sobre o alerta, logo em seguida, a área de jornalismo entra ação com seus plantonistas transmitidos informações com imagens de cameras fixas dos locais afetados. Procura entrar em contato com as autoridades locais para saber a atual situação. É um show a parte.
O sistema usado é o ISDB e leva um segundo 1 para ligar automaticamente com todos os rádios e televisões com tecnologia “one seg” e sintonizadas com a NHK nas áreas de risco.
Quando há uma emergência civil, como um míssil balístico em direção ao Japão, uma sirene especial de ataque aéreo soa nos alto-falantes, na TV e no rádio.
Veja mais em https://www.nhk.or.jp/sonae/bousai/
Todas as cidades passam a enviar e-mails de alertas para as companhias de telefonia regionalmente, para que todos os aparelhos da região recebam esses alertas. Desde informações sobre terremoto, chuvas, alerta de evacuação, enchente e até sobre mísseis lançados pela Coreia do Norte.
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